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Distúrbios gastrointestinais
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Regurgitações
As regurgitações são o retorno sem esforço do conteúdo gástrico através do esófago e para fora da boca. O refluxo gastroesofágico (RGE) é definido como a passagem de conteúdo gástrico para o esófago com ou sem regurgitação e vómitos.1. Isto pode provocar uma exposição ácida, que pode dar origem a sensações de ardor.
Na literatura, a predominância de regurgitações em bebés com menos de 12 meses varia de 3% a 87%% 2. Esta grande variação deve-se provavelmente a diferenças na conceção dos estudos, no contexto e nos critérios de diagnóstico utilizados. De acordo com um estudo recente que utilizou os critérios de Roma IV como definição de regurgitações, a predominância registada foi de 24,1% 3. Num estudo francês de seleção cruzada, a predominância estimada de RGE em bebés dos 0 aos 23 meses foi de 24,4% e a predominância em crianças dos 2 aos 11 anos foi de 7,2% 4.
As regurgitações podem ser fisiológicas e podem ser agravadas por vários fatores: posição deitada, compressão abdominal, volume de alimentação, alimentos líquidos. Poderá também ser um sintoma de outra doença, como por exemplo, alergia ao leite de vaca5.
Quando o RGE leva a sintomas mais graves que afetam o funcionamento diário e/ou provocam complicações, é designado por Doença do RGE (DRGE). Abundância de regurgitações devolvidas com força podem levar a outros problemas importantes, como dificuldades de alimentação, distúrbios de crescimento, etc 1.
Os especialistas recomendam alimentos mais espessos para tratar regurgitação/vómitos visíveis, incluindo em bebés com DRGE1.
1 Rosen R., et al., Pediatric Gastroesophageal Reflux Clinical Practice Guidelines: Joint Recommendations of the North American Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition and the European Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition. JPGN 66: 516–554 (2018).
2 Vandenplas Y., et al., Prevalence and Health Outcomes of Functional Gastrointestinal Symptoms in Infants From Birth to 12 Months of Age. JPGN 61: 531–537 (2015).
3 Robin S. G., et al. Prevalence of Pediatric Functional Gastrointestinal Disorders Utilizing the Rome IV Criteria. J. Pediatr. 195, 134–139 (2018).
4 Martigne L., et al. Prevalence and management of gastroesophageal reflux disease in children and adolescents: a nationwide cross-sectional observational study. Eur. J. Pediatr. 171, 1767–1773 (2012).
55 Salvatore S., & Vandenplas,Y., Gastroesophageal reflux and cow milk allergy: is there a link? Pediatrics 110, 972–984 (2002).
Obstipação
A predominância de obstipação funcional no 1º ano de vida varia entre 0,05% e 39,3% 1, sendo esta grande variação provavelmente devida a diferenças entre os estudos no que respeita à sua conceção, ao seu contexto e aos critérios de diagnóstico utilizados. 17,6% de todos os bebés com menos de 6 meses sofrem de obstipação2. A obstipação ocorre principalmente quando o bebé experimenta uma defecação dolorosa: pelo bebé: ele/ela retém voluntariamente a passagem das fezes, causando uma estase fecal prolongada no cólon e resultando na reabsorção de fluidos, bem como num aumento do tamanho e da consistência das fezes3.
Após vários dias sem evacuações, os sintomas mais comuns são irritabilidade, distensão abdominal, cólicas e diminuição da ingestão de alimentos3.
As causas da obstipação nos bebés são numerosas: mudança de ritmo ou de ambiente, imaturidade do sistema digestivo, alimentação (como uma alimentação pobre em fibras, não adaptada às necessidades do bebé, ou uma má diluição do leite em pó para bebés), mas também o treino para ir à casa de banho, eventos stressantes ou doenças subjacentes são fatores que podem favorecer a obstipação.
Se nada for feito para quebrar o círculo vicioso da obstipação, esta pode levar à incontinência fecal, à perda de sensibilidade rectal e, por fim, à perda da vontade normal de defecar4. Por esse motivo, é necessário tratar o problema da obstipação nas crianças e confortar tanto as crianças como os pais.
1 Vandenplas Y., et al., Prevalence and Health Outcomes of Functional Gastrointestinal Symptoms in Infants From Birth to 12 Months of Age. JPGN 61: 531–537 (2015).
2 Iacono G., et al. Gastrointestinal symptoms in infancy: a population-based prospective study. Dig Liver Dis 37, 432–438 (2005).
3 Constipation Guideline Committee of the North American Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition. Evaluation and treatment of constipation in infants and children: recommendations of the North American Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition. J. Pediatr. Gastroenterol. Nutr. 43, e1-13 (2006).
4 Levy E. I., Lemmens R., Vandenplas Y. & Devreker T. Functional constipation in children: challenges and solutions. Pediatric Health Med Ther 8, 19–27 (2017).
Cólicas
Até 73% de todos os bebés são afetados por cólicas nos seus primeiros meses de vida1.
Os sinais de cólicas são a agitação, as lágrimas intensas e frequentes, os punhos do bebé ficarem tensos e as pernas dobrarem-se sobre a barriga. Além disso, estão associadas a gases e flatulências frequentes. Os bebés ficam inconsoláveis e parecem ter dores abdominais.
As cólicas são paroxismos de irritabilidade, agitação ou choro que duram até 2/3 horas ou mais por dia e que ocorrem mais de 3 dias por semana durante pelo menos 3 semanas2. Estes critérios são normalmente designados por “regra dos três” (3 horas por dia, 3 dias por semana, durante pelo menos 3 semanas). Na recente definição de cólica do Roma IV, foi omitida qualquer referência ao tempo exato (duração do choro por dia, tempo de ocorrência dos sintomas…) para manter apenas a ideia de “períodos recorrentes e prolongados de choro que não têm causa óbvia e que [os prestadores de cuidados] não podem prevenir ou resolver3”.
A etiologia das cólicas não é totalmente compreendida e vários fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento (como um ambiente stressante, dieta…). Embora as cólicas sejam benignas, têm um impacto negativo na qualidade de vida do bebé (e da família) e podem ter consequências a longo prazo, perturbando a interação do bebé com os pais, mas também, causando-lhes enxaquecas, dores abdominais recorrentes4, etc.
1 Vandenplas Y., et al., Prevalence and Health Outcomes of Functional Gastrointestinal Symptoms in Infants From Birth to 12 Months of Age, JPGN 61,531-537 (2015).
2 Sferra T.J., & Heitlinger L.A., Gastrointestinal Gas Formation and infantile colic, Pediatr Clin North Am 43(2): 489-509, (1996).
3 Benninga M.A., Nurko S., Faure C., Hyman P., St James Robert I., Schechter N., Childhood Functional Gastrointestinal Disorders: Neonate/Toddler Gastroenterology 150:1443–1455 (2016).
4 Steutel N.F., Benninga MA., Langendam MW., et al., Developing a coreoutcome set for infant colicfor primary, secondary andtertiary care settings: a prospective study. BMJ Open